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Fernanda e Ana

Um nanoconto, por Robson Jucá Soares



Fernanda tinha 16 quando conheceu Ana. Um suspiro de longa duração. Arrepio e desejo. Meninas juntas e misturadas. Nada explica e tudo se complica. A Nanda sempre quis experimentar a Ana. E o fez. Foi lindo. Ana tinha, também 16. Duas princesas. Dois amores. Nada de meninos. Só meninas. Um grude só. Sempre juntas. Cabelo longo e cabelo mais curto. Femininas. Nenhum arzinho masculino. Demorados beijos. Apertados abraços. Colados rostos. Cheiro bom. Carinho total. Vozes baixinhas. Confissões ao pé do ouvido. Banhos juntas. Se arrumavam juntas. Mesmo manequim. Trocavam roupas. Roupas íntimas. Sem segredos. Sem brigas. Juntinhas. Perfeitas. Felicidade. Mãos nos rostos. Mãos nos cabelos. Beleza. Seios pequenos. Medidas exatas. Encaixe perfeito. Sem pêlos. Lisas. Fernanda e Ana. Ana e Fernanda. Caseiras na maior parte do tempo, mas saíam também. Cinema, teatro, barzinho, balada, filminho em DVD, musiquinha no fim de tarde. Cachorro-quente, pizza... mas também restaurante chique. Sexo, muito. Nenhuma se impunha. Sempre de comum acordo. Perfeição. Amor demais. Lindas demais.

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